Tags
Cultura pos moderna, desafios brasileiros para a Nova História Cultural, Historia Cultural, Nova História Cultural, sujeito pós-moderno
Houve um tempo em que afirmações anunciavam que a cultura brasileira era unitária. Bossi diz que não existe uma cultura no Brasil que seja homogenia, e para compreendê-las são necessárias múltiplas interações e oposições no tempo e espaço.
Na Grécia antiga, o termo cultura era atribuído na formação de cada cidadão. Era um processo no qual o homem tomava a consciência da vida em conjunto à sua comunidade.
Atualmente a cultura é considerada um englobamento de conceitos, símbolos e valores que constituem uma sociedade, aborda o desafio da existência, conhecimentos, comportamentos, sentimentos e ações (Cotrim, 2006 p. 17).
A cultura brasileira das classes sociais mais baixas está vinculada com a cultura erudita, africanas e indígenas. Outras fusões mais recentes são as de imigrantes externos como os italianos, alemães judeus e japoneses, bem como os internos, os nordestinos, paulistas e gaúchos. Desde a segunda guerra mundial essa mistura demonstra um valor simbólico de miscigenação cultural.
Hall define que o sujeito pós-moderno está caracterizado pelos efeitos da globalização, ou seja, não tem uma identidade fixa, pois ela é formada continuamente por atributos culturais que o rodeia e representações. Sendo assim, não é unificada, é constantemente deslocada e concebida de inúmeras formas, podendo ser até mesmo temporária (Hall 1999, p.13).
Atualmente há uma série de fatores que influenciam na cultura. Os sistemas informáticos, novelas, coleções didáticas e imagens religiosas. Essa “montagem” de símbolos nos apresenta um modelo de tempo cultural acelerado. Essas representações são de curta duração, entretanto são bem consumidas, esse é o” espírito” verdadeiro “mercado cultural”.
A cultura de massa é colonizadora nos seus processos de origem, invade e ocupa o relógio e o tempo do cidadão sem se importar com as fronteiras. A cultura que prevalece resistindo a material é a cultura das classes pobres, que está vinculada com a erudita, embora estejam ligadas aos meios de comunicação, há resistência no tempo histórico.
O tempo da cultura popular é relativo as situações e os atos memoriais e grupais que lhe atribuem valor. Mesmo que ela sofra alguma inovação por conta da modernidade, ela sempre recorre aos antigos padrões. Ao contrário da cultura material, a cultura popular se tem enraizamento na população e toma dessas ações práticas populares ou espetáculos.
Na visão marxista o valor da troca da mercadoria cultural é de venda e consumo. Por outro lado, o valor da mercadoria gera expressões nas comunidades populares, ou seja: o imaginário do povo é capaz de incorporar signos da cultura de massa, ou vice e versa.
A cultura socioeconômica está e na dialética entre a História imaginária e História e discurso teórico. Articulando o projeto pessoal ou grupal e bens simbólicos enraizados na memória e no cotidiano.
A cultura “superior” é a possibilidade de autoavaliar-se e intercalar os conhecimentos e mentes pensantes, para superar os conteúdos e movimentar a consciência histórica.
Nesse contexto, pode se concluir que a cultura brasileira é pluralizada, não caótica. É uma relação entre a vida simbólica, economia e política.
Referências:
BOSSI, Alfredo. Cultura Brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 2008.
COTRIM,Gilberto Fundamentos da Filosofia:história e grandes temas/Gilberto Cotrim.-16.ed.reform. e ampl.- São Paulo: Saraiva, 2006.
HALL,Stuart.A identidade cultural na pós modernidade.Trab.(Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro)3.ed.Rio de Janeiro.DP&A,1999. |